O que você faria por uma lembrança? Se você pudesse reviver qualquer dia em especial, qual seria e por quê? Talvez você ache essa pergunta um pouco non sense, mas acredite, acontece por várias e várias vezes com você, nos bons e maus momentos. O cheiro da casa da avó e da maquiagem dela, o gosto daquele bolo de laranja e aquela brisa geladinha de uma manhã de sol de verão... Aquela música que tocou no comercial, aquele bilhete antigo, aquela escola da esquina... Aquele amigo de infância... nos dias de Natal, nas reportagens de acidente de carro, no dia das mães e dos pais...nas cicatrizes, nas lições que aprendemos (ou não), na coragem de continuar. O que você faria se não tivesse algumas lembranças? como revivê-las? Como saber quais lugares já visitou e quantas pessoas já conheceu em momentos registrados e dos quais não tem noção de como, quando e porque aconteceram? Talvez essas sejam lembranças de outras pessoas. Não precisa haver um "porque" pra todas as coisas. Só é preciso que a brisa continue a aparecer, que a música permaneça tocando, que a escola continue no mesmo lugar ou apenas que saibamos onde ela um dia esteve. Só é preciso, ainda que não tenhamos toda as memórias de quem nós fomos, o desejo de descobrir quem queremos ser daqui pra frente.
22/08/06
3 comentários:
Oi amiga!
Acho que o importante é que esses bons (e maus, por que não?) momentos sejam vividos com intensidade, que se aproveite cada instante, cada aspecto, cada brisa como vc coloca. Mas também acho que devemos abrir espaço em nossas vidas para outras brisas, outros momentos. As experiências anteriores darão um sabor todo especial às novas, pode ter certeza! E tá tudo bem em saber que não precisa acertar sempre.
Oi
Isso é bem comum na minha mente, tem noite que antes de dormir escolho esse dia que queria reviver, noutra noite é outro dia que escolho...
saudade é o bicho!
Li hoje, no blogue do Bitaites, que "o Universo é feito de uma substância invisível e incorpórea chamada Memória. Uma substância ainda mais vasta que a Matéria Negra." http://is.gd/glCSaJ E, lendo seu texto, senti que não somos feitos basicamente de água, mas de memória. A saudade é a memória everfescendo.
Lindo, lindo, Dani!
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