segunda-feira, abril 18, 2011

Do pó ao pó


Do pó surgiu o nó
que na garganta
fez chover

Do sal uma pitada
que na salada
se quis comer

Da fome sempre à noite
como um açoite
te faz tremer

Da dor que dilacera
que não espera
para doer

Da calma que vem depois
feijão com arroz
satisfazer

Da culpa que se consome
ausente a fome,
emagrecer?

Da força que permanece
não se esquece
se quer vencer

Do fim, certeza só
direto ao pó
retroceder

2 comentários:

Fábio Pedro Racoski disse...

Eu estou cantarolando esse poema, agora!

A Especialista disse...

HUHAUUAH como consegue?? rss